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As Empresas no Comércio Internacional (parte 1) publicado em 13.07.2008
O Comércio Internacional e o Investimento Direto Estrangeiro-IDE (ou Foreign Direct Investment-FDI) têm sido as atividades econômicas que mais têm crescido no mundo. Como é possível observar no quadro 1 abaixo, o crescimento das exportações mundiais de bens (merchandise) está estimado (pela Organização Mundial de Comércio-OMC) como tendo sido de 8,0% em 2006, quase dois pontos percentuais a mais que 2005, e bem acima da média de expansão da década passada (observe-se também o crescimento do comércio acima do crescimento do GDP (PIB) mundial).
Na tabela 1 vemos os valores de exportações tanto de bens como de serviços |
Próxima edição: As Empresas no Comércio Internacional (parte 2) publicada em 20.07.2008
Hoje em
dia é muito comum se falar em globalização, crescimento dos países
emergentes, como os BRICs-Brasil, Rússia, India e China), e sobre comércio
internacional. Mas o que as teorias econômicas têm a dizer sobre isso?
Muita coisa e há muito tempo!
Edição anterior: Como estão, e como estarão no futuro, sua cidade e sua região? (parte 2) publicada em 07.07.2008 Na semana passada começamos a apresentar um livro recente, intitulado "Ensaios de Economia Regional e Urbana", que foi lançado este ano pelo IPEA- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, uma fundação pública federal e hoje vinculada ao Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. O livro...
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comerciais, e suas taxas de crescimento. Ou seja, em 2006 as exportações mundiais de bens estiveram perto de 12,0 trilhões de dólares; as exportações mundiais de serviços comerciais estiveram perto de 2,7 trilhões de dólares.
Segundo a United Nations Conference on Trade and Development- UNCTAD, em 2006 o fluxo mundial de FDI esteve próximo de 1,306 trilhão de dólares. No entanto, entre 1990 e 2006 as vendas de filiais de corporações multinacionais expandiram mais rápido do que as exportações de bens e serviços não-fatores. A característica marcante deste crescimento tem sido uma sem precedente expansão do FDI em serviços; o estoque entrante de FDI em serviços aumentou de 950 bilhões de dólares em 1990 para 6,0 trilhões em 2006. Entre 2005 e 2006 os serviços montaram dois-terços dos fluxos de FDI no mundo.
Como apontando recentemente pelo Prof. Elhanam Helpman, da Harvard University, EUA, estes impressionantes números mascaram igualmente mudanças marcantes na natureza dos fluxos de comércio internacional e de FDI. A rápida expansão no comércio de serviços tem sido acompanhada de um crescente comércio de insumos intermediários. Além do mais, o crescimento do comércio de insumos tem acontecido tanto dentro quanto ao longo das fronteiras das empresas, i.e., como comércio intra-firma (ou intra-empresa) e como arm´s-length trade (comércio entre empresas equivalentes).
Estas tendências são fortemente relacionadas à crescente fragmentação da produção, em que as corporações multi-nacionais desempenham um papel importante. Mudanças tecnológicas, tais como projetos apoiados em computadores (computer-aided design) e fabricação apoiada em computador (computer-aided manufacturing), têm contribuído para este processo. E as mesmas tecnologias têm contribuído para a crescente terceirização (outsourcing) no interior e fora das fronteiras nacionais.
Para explicar estas questões, novas teorias econômicas têm sido desenvolvidas. Enquanto estas novas teorias não substituem as explicações das vantagens comparativas do comércio inter-setorial e dos fluxos de FDI, nem substituem as explicações de competição imperfeita do comércio intra-indústria, elas trazem à teoria do comércio internacional um novo foco: as escolhas organizacionais das empresas individuais. Neste sentido, a teoria destaca novas questões: que empresas atendem os mercados estrangeiros? E como elas atendem, ou seja, quais escolhem exportar e quais escolhem atender os mercados estrangeiros via FDI? Como elas escolhem organizar a produção, elas terceirizam ou integram? Em que circunstâncias elas terceirizam em um país estrangeiro ou no próprio país? E se elas escolhem integração, em que circunstância elas escolhem integrar em um país estrangeiro, via FDI, mais que integrar em seu país?
São questões que trataremos na próxima letterícia!
Se sua empresa, organização ou instituição deseja saber mais sobre as novas teorias (e suas implicações) do comércio internacional, fique a vontade para nos contatar!
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