19/11/2007                                                                                                                                                                                                        Ano I - Edição 34

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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No artigo da semana passada, vimos que já estamos em plena Era da Terceira Geração (3G como é conhecida) de padrões e tecnologia das comunicações móveis, inclusive no Brasil. Mas o que significa isso em termos econômicos? O quê estamos ganhando com este novo padrão tecnológico de comunicações, e o que ele representa para o futuro dos negócios?

 

A melhor maneira de responder a estas questões é recorrer aos estudos já estabelecidos na literatura econômica.  Dos poucos existentes a este respeito, podemos citar aquele que foi preparado por Lars-Hendrik Roller e Leonard Waverman, intitulado “Telecommunications Infraestructure and Economic Development: A Simultaneous Approach”, publicado na American Economic Review, vol. 91 (4), pp. 909-923, de 2001. 

 

Neste trabalho os autores investigaram como a infra-estrutura de telecomunicações afeta o crescimento econômico.  Eles usaram dados de 21 países da OECD – Organization for Economic Cooperation and Development (Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento), ao longo de uma série de dados de vinte anos.  Depois de desenvolverem um modelo estrutural para lidar com os parâmetros da análise, eles encontraram evidência de um elo causal positivo entre os investimentos em telecomunicações (salientando, de redes de telecomunicações fixas) e o crescimento econômico daqueles países.

 

Mas uma questão ficou pendente a partir da publicação do trabalho destes autores. O que dizer sobre um eventual elo causal positivo dos investimentos em telecomunicações e o crescimento das nações denominadas de emergentes, ou, como no passado, em desenvolvimento?

 

Estudo inédito, recentemente solicitado pela empresa britânica de telecomunicações móveis Vodafone, e que contou com a colaboração do economista Leonard Waverman, intitulado “Africa: The Impact of Mobile Phones”, Vodafone, 2005 (África: O Impacto dos Telefones Móveis), aponta algumas direções que podem levar a uma resposta às questões acima colocadas.  Segundo este estudo, o impacto dos celulares no crescimento dos países em desenvolvimento não havia merecido, até então, cobertura na literatura econômica. 

 

O estudo aponta que os países em desenvolvimento experimentam uma pequena armadilha de telecomunicações – a ausência de redes e acesso em muitas vilas aumenta os custos e reduz as oportunidades porque informação é difícil de ser coletada. Deste modo, as baixas rendas resultantes restringem a habilidade de pagar pela instalação de infraestrutura tradicional.

 

No entanto, o estudo afirma que os telefones móveis nos países menos desenvolvidos (como os da África) estão desempenhando o mesmo papel crucial que os telefones fixos desempenharam nas economias mais ricas dos anos 70 e 80 do século passado.  Os celulares substituem as linhas fixas em países pobres, mas complementam as linhas fixas nos países mais ricos, implicando que eles têm um impacto mais forte no crescimento nos países mais pobres.  Muitos países com redes subdesenvolvidas de linhas fixas alcançaram rápido crescimento na telefonia móvel com muito menos investimento do que seria necessário para implantar as linhas fixas.

 

Neste estudo sobre a África, os autores chegaram à conclusão que a telefonia móvel tem um impacto positivo e significativo no crescimento econômico, e que este impacto pode ser duas vezes maior nos países em desenvolvimento, quando comparados aos países desenvolvidos.

 

E o que dizer sobre países como o Brasil?  E mais ainda, o que dizer do impacto das infraestruturas fixa e móvel de telefonia no crescimento econômico das diferentes regiões de um país continental como o Brasil?  E o que dizer, finalmente, sobre a infra-estrutura de 3G?

 

Eis aí duas questões para as quais, infelizmente, ainda não temos respostas concretas (pelo menos no conhecimento desta newsletter)!

 

Se sua empresa, organização ou instituição ainda não definiu sua estratégia de crescimento, fique a vontade para nos contatar!

 

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