Existem vários conceitos que são muito caros aos economistas: eficiência, equilíbrio, incentivos, custo de oportunidade, escassez, produtividade (sobre este o Prof. Paul Krugman, Prêmio Nobel de Economia de 2008, chegou a dizer que “a produtividade não é tudo, mas no longo prazo ela é quase tudo!”), e uma série de outros conceitos que não a pena reproduzir neste espaço.

No entanto, há um conceito que, ao que tudo indica, ainda não foi devidamente assumido pela Economia: este conceito é o de agilidade! Na área de Negócios e de Administração duas variantes deste conceito já foram incorporadas: agilidade estratégica (a habilidade das empresas em permanecerem competitivas em seus negócios ao se ajustarem e se adaptarem à novas ideias inovadoras, e ao usarem essas ideias para criarem novos produtos e serviços, bem como novos negócios) e agilidade organizacional (a capacidade de uma empresa de rapidamente mudar ou se adaptar em resposta a mudanças no mercado; um alto grau de agilidade organizacional pode ajudar uma empresa a reagir com sucesso à emergência de novas empresas, ao desenvolvimento de novas tecnologias, ou mudanças repentinas em condições gerais de mercado).

Mas é na área de TI onde se percebe uma maior aceitação do conceito de agilidade. A Profa. Jeanne Ross, do Center for Information Systems Research- CISR, do MIT Sloan Management, nos EUA, ao tentar justificar a razão pela qual tem trabalhado há 15 anos com o conceito de Enterprise Architecture (Arquitetura Empresarial), argumenta que este conceito tem importância porque ele traduz uma questão de agilidade. E afirma:“agilidade é o uso das capacidades existentes de processos de negócios e de TI para gerar rapidamente novo valor de negócio, ao tempo em que se limitam os custos e os riscos”. Logo, lidar com arquitetura empresarial é lidar com a agilidade das empresas!

E por que estamos chamando a atenção para este tema, se já tratamos sobre arquitetura empresarial em diversas oportunidades nesta newsletter (ver principalmente a de 22/11/2009)? A questão está relacionada à potencial migração das oportunidades na indústria de TICs mundial da esfera dos negócios de “mobilidade e web para o consumidor final” (MWCF) para a esfera dos negócios que “habilitem empresas, na web, móveis e sociais” (EWMS), como tratamos na newsletter da semana passada (referindo como sendo um movimento de negócios B2C para B2B).

Em outras palavras, o que pretendemos argumentar é que esta migração de oportunidades não será tão simples quanto parece. E as razões para tanto são várias. Em primeiro lugar, a grande maioria das empresas no mundo ainda não está devidamente “digitalizada”, ou melhor, ainda não detém uma plataforma digital básica, como denomina a Profa. Ross (segundo ela, uma plataforma digital é um coerente conjunto de processos de negócios padronizados, baseados em infraestrutura, aplicações e dados, que tem como objetivo assegurar a qualidade e a previsibilidade das transações centrais de uma organização). Em segundo lugar, como a plataforma digital é meio pelo qual se possibilita agilidade, esta grande maioria das empresas necessita atravessar o que hoje se chama de “a jornada da arquitetura empresarial” para uma conquista sustentável de agilidade. E por último, como “a estrada” para se fazer esta “jornada” é povoada por vários “motoristas” (ou seja, empresas, tais como IBM, Accenture, SAP, Software AG, dentre tantas outras, historicamente dedicadas a proporcionar ferramentas e soluções para aumento de eficiência e efetividade de outras empresas), cremos que a conquista de novas oportunidades nesta migração B2C para B2B não será tão fácil quanto se imagina.

Apesar deste diagnóstico à primeira vista “sombrio”, temos uma forte convicção: é através da agilidade (no mundo de hoje não adianta apenas ser eficiente e eficaz; tem que também ser rápido!) que poderemos conquistar as oportunidades que estão se abrindo nesta potencial migração B2C para B2B que estamos tratando!

Se sua empresa, organização ou instituição deseja saber mais sobre agilidade, fique a vontade para nos contatar!

PS: Gostaríamos de informar aos nossos leitores que esta é a última newsletter da Creativante do ano de 2012. Gostaríamos também de aproveitar a oportunidade para agradecer a atenção dispensada, reforçando que em Janeiro de 2013 estaremos de volta com mais temas da economia das tecnologias de informação e comunicação! Boas Festas e um Próspero 2013!