Existem vários conceitos que são muito caros aos economistas: eficiência, equilíbrio, incentivos, custo de oportunidade, escassez, produtividade (sobre este o Prof. Paul Krugman, Prêmio Nobel de Economia de 2008, chegou a dizer que “a produtividade não é tudo, mas no longo prazo ela é quase tudo!”), e uma série de outros conceitos que não a pena reproduzir neste espaço.
Lá nos idos do início da Internet no Brasil (1994/95), nós do primeiro Comitê Gestor da Internet no Brasil discutíamos várias metodologias novas de como atuar na “nova economia digital”. Uma delas dizia respeito ao conceito de redes: como desenhar políticas para tantas dimensões e influências?
O que significa entender a empresa como uma “estrutura de governança”? De acordo com as teorias econômicas da empresa, a forma “default” (pré-definida) de trocas econômicas é através do mercado. Assim entendido, o mecanismo de preços do mercado é assumido como sendo aquele que melhor aloca os recursos da economia. Desta forma, a empresa é um mecanismo alternativo ao mercado(ou um método alternativo de coordenar a produção econômica), assim como são os sistemas híbridos, como as cooperativas, as organizações sociais, e por aí vai.
Avança a olhos vistos no Brasil o movimento do empreendedorismo, fenômeno associado à geração de novas empresas (startups), seja por necessidade ou pela percepção de novas oportunidades na economia. Acompanhando tal movimento,floresce também um mercado de “suporte à fundação e desenvolvimento dessas startups”, o que envolve desde a criação de incubadoras, aceleradoras e parques de empresas, até atividades de ensino sobre “modelos” e “planos” de negócios, consultoria de investimentos (“anjos”, “santos”, “deuses da grana”), etc.
Numa era de SaaS - Software as a Service e de Cloud Computing, por que a pergunta do título desta newsletter? Algumas são as razões. Umadas mais importantes vem da leitura de um recente livro denominado “The CostDisease: Why Computers Get Cheaper and Health Care Doesn´t” (A Doença do Custo: Porque Computadores Ficam Baratos e os Cuidados com Saúde Não), escrito pelo Prof. William J. Baumol e colaboradores, e publicado neste ano pela Yale University Press.
O IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada é uma fundação pública federal (criada em 1964) vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República do Brasil que desenvolve atividades de pesquisa em suporte técnico e institucional às ações do governo federal para a formulação de políticas públicas e programas de desenvolvimento. É o “think tank” do governo federal, e seus trabalhos são disponibilizados para a sociedade por meio de publicações, seminários e um programa semanal de rádio e TV (ver http://www.ipea.gov.br).
Nas duas newsletters anteriores (a de 08/10/12 e a de 22/10/12) estivemos comentando as impressões das passagens deste editor por Joanesburgo (África do Sul) e por Hong Kong (região administrativa especial da China). Hoje encerramos esta narrativa com as breves passagens por Shenzhen (China) e Seoul (Coréia do Sul).
Como indicado na newsletter da semana passada, esta editoria está em viagem à China e à Coréia do Sul. Depois de uma pausa em Joanesburgo (África do Sul), seguiu-se para Hong Kong. Hong Kong é uma de duas regiões administrativas especiais da República Popular da China, sendo a outra Macau. A região (que mais se assemelha a um país, já que tem alfândega e legislação específica: para um brasileiro visitá-la não é necessário visto, mas para visitar a China sim!) está situada na costa sul da China enclausurada pelo delta do Rio Pearl e o Mar do sul da China (figura acima).
A Ásia é o maior dos continentes, tanto em área como em população. Ocupa um terço das terras de todo o nosso planeta e abriga três quintos da população total do mundo (Wikipedia). Apesar destes atributos, o que mais tem chamado a atenção do mundo sobre este continente recentemente é o seu desenvolvimento econômico e social, e, acima de tudo, seu progresso tecnológico.
Caros Leitores!
A partir desta semana estaremos transitando por dois países asiáticos: a China e a Coréia do Sul. Portanto, as newsletters que irão ao ar nos próximos dias 15 e 22/10/12 deverão ser coberturas do que este editor estará vivenciando nestes dois países de importância crucial para o destino das TICs neste século 21.
A ubiquidade da Internet oferece aos indivíduos e organizações novas oportunidades para acesso a conhecimento, criatividade e poder inovador de usuários e comunidade de usuários que são frequentemente referidos como “crowds” (multidões). De acordo com o Journal of Business Economics, o fenômeno do “crowdsourcing” (crowd, de multidão, e sourcing, de práticas de contratação, tais como as de procurement, ou seja, compras, licitações, etc.) se refere à capitalização do potencial de grandes e abertos grupos de pessoas via Internet.
Computação Humana, ou Computação Baseada em Humanos, é uma nova técnica da ciência da computação em que um processo computacional desempenha sua função ao terceirizar certas etapas para humanos. Este enfoque usa diferenças em habilidades e custos alternativos entre agentes humanos e computadores para atingir uma interação simbiótica humana-computador (Wikipedia).
Eis aí mais um registro de que já estamos na “Era da Plataforma”. O livro “The Age of The Platform: How Amazon, Apple, Facebook and Google Have Redefined Business” (A Era da Plataforma: Como Amazon, Apple, Facebook e Google Redefiniram os Negócios), escrito por Phil Simon, e publicado em 2011 pela Motion Publishing, LLC, é um vivido atestado de que, de fato, adentramos uma nova era, e é mais uma confirmação de que nosso conceito de Trindade Essencial tem total aderência com a atual realidade.