Nas duas newsletters anteriores (a de 08/10/12 e a de 22/10/12) estivemos comentando as impressões das passagens deste editor por Joanesburgo (África do Sul) e por Hong Kong (região administrativa especial da China). Hoje encerramos esta narrativa com as breves passagens por Shenzhen (China) e Seoul (Coréia do Sul).

Shenzhen é uma das grandes cidades ao sul da Província de Guangdong, no sudeste da China, e imediatamente ao norte de Hong Kong. Esta área se tornou a primeira (e de maior sucesso) Zona Econômica Especial- ZEE da China. Sua paisagem moderna (ver foto de uma das principais avenidas) é o resultado da vibrante economia tornada possível através do rápido investimento estrangeiro desde a instituição das ZEEs no final de 1979. Ela é a sede do Shenzhen Stock Exchange, bem como dos escritórios principais de numerosas empresas high-tech (a Foxconn, de Taiwan, e principal fornecedora da Apple, tem uma de suas maiores plantas industriais nesta cidade).

Shenzen foi recentemente nomeada (pela Economist Intelligence Unit - EIU, da revista The Economist) com uma das 13 emergentes megalópoles da China (e não poderia ser diferente, em função do estupendo crescimento demográfico da cidade: em 1982 a população era de 351.871 habitantes; em 1990 era de 1.214.800 habs.; em 2000 era de 7.008.428 habs.; e em 2010 era de 10.357.938 habs - a EIU projeta para 2020 que a população de Shenzen será de 14, 2 milhões de habs. em 2020).

Como impressão maior (além da constatação da pujança econômica), destacam-se os visíveis contrastes sociais. Tendo chegado à Shenzhen por via portuária, a partir de Hong Kong, o visitante logo se depara com os fortes sinais da desigualdade social, tais como pessoas pedindo esmolas no porto, bem como motoristas de táxi (não oficiais) que ficam oferecendo serviços sem terem sido solicitados, além de habitações populares muito semelhantes àquelas encontradas em países como o Brasil.

Finalmente, chegou-se à Seoul. Seoul é a capital e a maior metrópole da Coréia do Sul. É uma mega cidade com mais de 10 milhões de habitantes. A Área da Capital Nacional de Seoul, que inclui a metrópole circunvizinha de Incheon e a Província de Gyeonggi é a segunda maior metrópole do mundo, com mais de 25 milhões de habitantes. Ou seja, um em cada quatro sul-coreanos mora em Seoul.

A cidade foi fundada no ano 18 (Antes de Cristo) quando Baekje, um dos Três Reinos da Coréia estabeleceu sua capital no que é agora o sudeste da Coréia do Sul. Hoje Seoul é considerada uma cidade global líder, estando na oitava posição no Global Cities Index de 2012. A metrópole está envolvida em muitas atividades globais, exercendo influência como hóspede de um quinto das top conferências internacionais do mundo. É dos 10 mais importantes centros financeiros e comerciais do mundo, e sede de grandes conglomerados multinacionais, tais como Samsung, LG, e Hyundai-Kia.

Seoul tem uma infraestrutura tecnológica avançadíssima: além das amplas avenidas e grande extensão de pontes e viadutos, foi a primeira cidade do mundo a introduzir Digital Multimedia Broadcasting para televisão e rádio, e WiBro para dados, ambos oferecidos em todas as linhas de metrôs e ônibus, bem como 4G LTE e WiFi. Seu aeroporto, o Incheon International Airport, vem sendo considerado como o melhor aeroporto do mundo desde 2005 pelo Airports Council International.

Das grandes impressões deixadas por Seoul se destacam:

a) A riqueza dos ambientes construídos. Próximo ao COEX Convention & Exhibition Center, onde tivemos a oportunidade de acompanhar a 2012 IEEE International Conference on Systems, Man, and Cybernetics (IEEE SMC 2012), pode-se constatar dois universos: o dos prédios dos escritórios de empresas na superfície do solo, e, abaixo, no sub-solo, uma outra cidade com diversos e extensamente interconectados shopping centers, restaurantes, e outras atividades;

b) O comportamento “desestressado” dos cidadãos de Seoul (um verdadeiro contraste com outras metrópoles mundiais), onde é possível ver gente até altas horas da noite passeando ou sentadas em lugares públicos sem qualquer preocupação aparente (não contatamos a presença de policiais em nenhum momento em quatro dias de permanência na cidade, e apenas um guarda-de-trânsito pode ser visualizado neste mesmo período);

c) O respeito às tradições de uma cultura milenar, que apesar de se mostrar tecnologicamente avançada, mantém seus traços históricos vivos, o que talvez explique parte do sucesso desta sociedade (tivemos a oportunidade de visitar um templo budista de 1.200 anos).

E aqui finalizamos este relato desta breve visita à Ásia!

Se sua empresa, organização ou instituição deseja saber mais sobre a Ásia, fique a vontade para nos contatar!