O título acima é o mesmo de um recente artigo da revista MIS Quarterly Executive (September 2017, 16:3, pp 197-213), cujos autores são Ina M. Sebastian, doMIT Sloan Center for Information Systems Research – MIT/CISR (USA), Jeanne W. Ross (MIT/CISR), Cynthia Beath (University of Texas at Austin, USA), Martin Mocker (MIT/CISR), eReutlingen University (Germany), Kate G. Moloney (MIT/CISR), e Nils O. Fonstad (MIT/CISR).

Segundo os autores, novas tecnologias apresentam tanto oportunidades quanto ameaças existenciais “que mudam o jogo” para companhias cujo sucesso foi construído na economia pré-digital. O artigo descreve achados de um estudo de 25 companhias que embarcaram em jornadas de transformação digital.  Eles identificaram duas estratégias digitaisengajamento dos clientes e soluções digitalizadas – que ofertam direcionamento para uma transformação digital. Dois ativos capacitados pela tecnologia são essenciais para executar estas estratégias: um backbone (espinha dorsal) operacional e uma plataforma de serviços digitais.  Finalmente, eles descrevem no artigo como uma grande e velha companhia pode combinar esses elementos para navegar sua transformação digital.

Ao conjunto dessas novas tecnologias os autores denominam de SMACIT (de social, mobile, analytics, cloud e Internet of Things- IoT).  Exemplos como a Internet Industrial da GE (ver newsletter de 10-11-2013) e a plataforma digital para informação personalizada de cuidados com a saúde da Philips, representam apostas feitas por grandes e velhas companhias tentando ganhar com oportunidades oferecidas pelas tecnologias digitais. Outro exemplo dos autores é a LEGO, que está desenvolvendo uma plataforma de engajamento para suplementar seus sistemas empresariais com a habilidade de interagir como consumidores e inovar rapidamente.

Estas grandes e velhas empresas estão repensando como elas irão competir na economia digital, e elas estão investindo em novas tecnologias e novas capacidades para reposicioná-las como líderes digitais.

Os autores apontam que nos anos recentes pioneiros “nascidos digitais” (tais como Amazon, Facebook e Google) têm crescido como poderosos hipopótamos, enquanto companhias, que durante longo tempo dominaram suas indústrias, constataram que suas proposições de valor estavam sob ameaça.  A maioria dos líderes das grandes e velhas companhias acredita que suas companhias podem reter posições liderança ao tirarem vantagem tanto das forças existentes quanto das capacidades oferecidas pelas tecnologias digitais. Mas, o que elas devem fazer para ter sucesso?

Esta foi a questão que os autores se prontificaram a responder em um estudo de 25 grandes companhias de sucesso iniciando suas transformações digitais.  A maioria daquelas companhias era “grande” (com um tamanho médio de 82.297 empregados), e a maioria era “velha” (com uma média de 104 anos de idade).

O estudo revelou três elementos essenciais para uma transformação de sucesso:

1- Uma estratégia digital que defina uma proposição de valor inspirada no conjunto SMACIT;

2- Um backbone (espinha dorsal) que facilite excelência operacional; e,

3- Uma plataforma de serviços digitais que capacite inovação rápida e responsiveness (capacidade de resposta) às novas oportunidades de negócios.

A transformação digital é uma verdadeira jornada, como temos discorrido nesta newsletter em recentes oportunidades (ver dia 08-10-2017, dia 15-10-2017, e 22-10-2017). A questão central, e hoje mais problemática, é a de como proporcionar às empresas, organizações e instituições da era pré-digital as melhores condições para que elas façam essas jornadas com sucesso.  O artigo acima resenhado é um excelente começo!

Se sua empresa, organização ou instituição deseja saber mais sobre jornadas de transformação digital, fique a vontade para nos contatar!