Um estudo da ONU, intitulado “Perspectivas da População Mundial: Revisão de 2017”, publicado em junho de 2017, revela que a população global atual é de 7,6 bilhões de habitantes e deve subir para 8,6 bilhões em 2030. Neste sentido, cabe a seguinte pergunta: como alimentar o planeta em 2030?
Esta foi a tarefa perseguida por recente relatório produzido pelo Fórum Econômico Mundial- FEM, intitulado “Shaping the Future of Global Food Systems: A Scenarios Analysis”, em colaboração com a Deloitte Consulting LLP, publicado antes do estudo da ONU (acima citado), ou seja, em janeiro de 2017.
Este relatório utilizou o método de cenários para responder a uma questão focal: como os sistemas de alimentos irão alimentar nutricional e sustentavelmente 8,5 bilhões de pessoas em 2030?
Para tanto, os autores chegaram a quatro cenários em quadrantes, contrastando como estarão os mercados e os padrões de consumo no futuro, explicitados a seguir e apresentados na Figura 1 à frente:
1- Sustentabilidade open-source: um futuro de mercados altamente conectados e de eficiente consumo tem aumentadas a cooperação internacional e a inovação, mas pode deixar algo para trás;
2- O Local é o novo Global: em um mundo de mercados locais fragmentados com consumo eficiente de recursos, países ricos em recursos focam em alimentos locais, enquanto regiões dependentes de importação se tornam locais de fome;
3- Sobrevive o Mais Rico: em um mundo de consumo intensivo em recursos e mercados desconectados, há uma economia lenta e uma nítida divisão entre os “que têm” e os “que não têm”;
4- Consumo desmedido: com uma forte conectividade no mercado e com um consumo intensivo em recursos, há um mundo de alto crescimento do PIB com alto custo ambiental.
O cenário mais interessante para nós brasileiros, detentores de uma das maiores reservas de recursos naturais do planeta, bem como de indústrias de processamento de recursos naturais competitivas, e de uma indústria de inovação de, e com, TICs emergente, seria aquele da sustentabilidade open-source.
Nosso olhar, no entanto, deve estar muito mais focado no que poderá acontecer na Ásia. A China tem 1,4 bilhão de habitantes e a Índia 1,3 bilhão. Ambos continuam sendo os países mais populosos, com uma porcentagem de 19% e 18% do total da população global, respectivamente. Por volta de 2024, a população da Índia deve superar a da China.
Sendo assim, será pela pujança desta demanda global (particularmente a populacional asiática) de produtos naturais ou de vários outros produtos industrializados baseados em recursos naturais, que será alavancada a demanda por produtos das novas TICs, tais como aqueles da Terceira Plataforma (ver este conceito na newsletter de 19-03-2017) que estão proporcionando a Transformação Digital (conceito também visto conceito na newsletter de 19-03-2017) através dos seus quatro pilares citados (mobilidade, da cloud, big data/analytics e ferramentas de negócios sociais) e pelos “aceleradores de inovação”, dentre os quais se destacam hoje a próxima geração de dispositivos de segurança de dados, realidades virtual e aumentada, internet das coisas, sistemas cognitivos, robótica, impressora 3 D etc.
Se sua empresa, organização ou instituição deseja saber mais sobre como os sistemas alimentares se comportarão no futuro, fique a vontade para nos contatar!